Mês abril 2025

A porta do barraco era sem trinco

Não consegui resistir a uma comparação depois de ler na Folha de domingo matéria sobre a alta concentração populacional nas favelas de São Paulo, com dados baseados no Censo de 2022. Segundo o levantamento, há uma média de 35 mil pessoas por…

Uma aranha dramaturga

Tinha uma senhora que morava vizinha de casa, na minha adolescência – e de quem fui muito próximo, por ser amigo dos filhos dela – que parecia achar que uma certa aranha estava ligada ao teatro. “Ela ficou em palcos…

O beijo perdido

Ele não frequentava redes sociais. Porém, depois de muita insistência dos filhos, acabou cedendo. E em apenas duas semanas encontrou um mundo de gente que nem sabia mais que existia. Colegas de escola de quem não recordava o nome, funcionários…

Preto é teu passado!

Preto é uma cor como qualquer outra no universo das tintas. É como o vermelho, o amarelo, o azul… Também pode ser definida, pela física, como ausência de luz. E, como ausência de luz, remete à escuridão, algo tenebroso mesmo…

Uma gata diferente

Tenho uma gata, chamada Samantha. Bem… Acho que é uma gata… Nossa história começou, quando ela me seguiu pela rua. Deu a volta no quarteirão comigo, até a frente da minha casa. Sem saber se tinha tutor, peguei no colo…

Os cheiradores

Dizem que os cães têm cinquenta vezes mais receptores olfativos do que o homem. Seus trezentos milhões de caçadores de cheiro na ponta do focinho, consequentemente, precisariam de um espaço maior para processar as informações. Por isso, a área do…

Prepare o seu coração

O país estava dividido, sem chance de diálogo. Até porque, a gritaria era tamanha que não dava para entender o que o outro lado dizia. A multidão aguardava o resultado a um passo do tumulto que explodiria quando o vencedor…

A falta que a esquerda faz

Nasci destro, pelo que eu saiba. E mesmo que não o fosse, minha mãe teria me trazido de volta à senda dos direitistas. Como minha memória não chega aos meus dois, três, primeiros anos de vida, não sei se fui…

Viajar, viajar, viajar…

Ao contrário de muitas pessoas, só consegui sair do Brasil duas vezes. Na primeira, há uns 45 anos, apenas atravessei a fronteira Brasil-Paraguai, para fazer compras em Pedro Juan Caballero, que, na época, tinha uma rua… Na segunda, quando realizei…