Meu quintal (ou seria jardim, já que fica na frente da casa?) tem árvores bem diversificadas, todas plantadas por mim. Deste pitangas a mangas, passando por mamões, frutas do conde (ata, pinha), até um baruzeiro. Ok, vou explicar. O baru é uma castanha. O baruzeiro, de acordo com o site cerratinga.org.br, é “uma imperiosa árvore do Cerrado brasileiro”. E põe “imperiosa” nisso!
A princípio, ela cresceu torta, próxima ao solo. Coloquei um suporte e ela ficou ereta. E o foi subindo, subindo, subindo, superando até a altura da mangueira próxima. Os galhos começaram a “invadir” o terreno da casa vizinha.
Aí, começaram os problemas com o dono daquela casa. Virou o bazueiro da discórdia! Um dia, cheguei e o jardineiro do vizinho estava tirando um grande galho da garagem dele. Era um galho da MINHA ÁRVORE!!!
Quando questionei, o homem disse que seu contratante autorizou a poda da MINHA ÁRVORE! Observando melhor, vi que, para fazer a poda, o jardineiro entrou no meu quintal, pelo muro, sem autorização.
Gostava demais do vizinho e da mulher dele. Inclusive, era meu advogado numa ação contra a Celtins (antiga companhia de energia elétrica do Tocantins). Mas, gente, pensa numa coisa bizarra: um jardineiro invadiu o meu quintal, quando eu não estava em casa, aparentemente, com autorização dele! Questionei, negou, discutimos e nunca mais nos falamos!
O casal se mudou para Belo Horizonte (MG) e alugou a casa. De vez em quando, eu e a dona nos falamos e, sempre que vai à antiga residência, quando há mudança de inquilinos, destaca que preciso podar o bazuzeiro. “O fulano não gosta”, diz ela.
Há uns dois anos, uma nova família mudou para o imóvel, casal e duas crianças. Nunca nos falamos nem “bom dia”, até que resolvi podar minhas árvores, entre elas o baruzeiro. Chateada, a moça comentou que adorava a sombra na “sua” casa. Já expliquei a ela que o dono da casa não gosta, mas continua chateada.
Enfim, acabamos nos falando mais vezes. Posso dizer que, atualmente, temos uma convivência saudável e até trocamos mensagem pelo WhatsApp. Sorte minha, porque vizinhos são tudo de bom!!!
Meu bazueiro, agora, é a árvore que faz amigos!!!
O dono da casa não valeum baru roído!