Errou feio quem disse que feijoada é só às quartas e sábados. Todo dia é dia…de feijoada, de churrasco, de ovo frito, de pizza pão com vinho (né, Nereu Leme?) e de outras delícias. Querer é poder!
O Star City, na Frederico Abranches, em São Paulo, tem feijoada todo dia. Depois de 30 anos, redescobri o restaurante, procurando no Google. Estava afins de uma feijoada excelente, fora dos dias “determinados”, e reencontrei a melhor… na minha opinião.
É claro que, entre uma feijoada bem-feita e completa e um churrasco de picanha mal-passada, sempre fico dividida. Mas, naquele dia, escolhi a primeira.
No Tocantins, as pessoas recebem um convite diário muito peculiar: “Passe lá em casa hoje. Vou assar uma carninha.” E não é picanha. As preferências variam, ainda mais agora, com a carne a preços acessíveis. Vale até carne de sol. Os vegetarianos e veganos que me desculpem, mas, como boa carnívora, considero tal convite irrecusável.
Aqui, também fui apresentada ao pequi. Com arroz, com frango, com molho. Não importa a forma de preparo, as pessoas apreciam demais! Parecem até comer um manjar dos deuses! Na época do pequi, o cheiro forte invade casas e restaurantes.
Confesso que tentei apreciar. Comi umas três vezes e continuei fugindo do pequi. Na minha humilde opinião, a única coisa com pequi que me apetece é a frase do sociólogo Tiago Costa Rodrigues: “Cabra à toa. Não vale um pequi roído.” Nem precisa explicar quem era o alvo, né?
Estampada num outdoor em Palmas (TO), a frase rodou o Brasil e rendeu até investigação contra o Tiago, a pedido do então ministro da Justiça, André Mendonça, além de explicação em vídeo sobre o pequi roído. Em resumo, só se deve roer a “carne” do fruto. Nunca morder, porque tem caroço com espinhos. E, depois de roído, só sobra o caroço, que vai para o lixo.
Mesmo não sendo apreciadora, entro em guerra com goianos e mineiros, na hora de defender o pequi como patrimônio do Tocantins. É nosso e ninguém tasca!!!