Há detalhes na gramática que existem apenas para nos causar
problemas ou para jogar um balde de água fria na nossa vontade de
escrever. Quer exemplos? Sempre ficamos temerosos ter de
escolher os dois ss ou o ç. Ou então o z ou o s… e o x e o ch?
Tenha dó!
O grande repórter Vasconcelo Quadros me contou esta quando a gente preenchia com
histórias sórdidas a página de polícia da extinta Folha da Tarde: um jornalista amigo
dele que não era muito afeito ao relacionamento com a pontuação entregava o texto
sem se preocupar com as eventuais e necessárias pausas e datilografava um monte de
vírgulas no final.
Erasmo Dias: o homem que invadiu a PUC!
O desafio que o editor do blog nos fez é escrevermos sem vírgulas. E eu adoro
vírgulas! Meu filho costuma dizer que as uso sem necessidade. Uso como
aprendi: correta e abundantemente.
Me perdi pelas curvas do caminho em minha nova jornada de abandonar as vírgulas.
Ponto sim ponto não sem vírgulas para uma boa reflexão.
Toco o carro de boi. Vou em frente em marcha lenta sem ligar para a lente refletida
em meu para-brisas.