Pode ser um exercício de futurologia, ou um simples bálsamo contra a ansiedade, mas resolvi essa lenga-lenga que vai perdurar durante quase um mês e coloquei o Brasil imediatamente no jogo final da Copa. Pulei de 20 de novembro para 18 de dezembro e saltei por cima de todas as fases da competição e de todos os países participantes.

A questão era a seguinte: estávamos no primeiro dia da Copa, o Equador vencendo os donos da casa por dois a zero, o Brasil só ia jogar na quinta-feira… que fazer com a eternidade que nos esperava até a final?

Simples: lançar mão da página da Folha on-line onde está escrito Simulador da Copa do Mundo – com o sugestivo subtítulo ‘brinque com as seleções e os grupos’ – e exercer sua futurologia, ao mesmo tempo em que doma sua ansiedade. O resultado foi colocar o Brasil na final, enfrentando a França, e torcendo para não repetir o fiasco de 1998.

É bem fácil. Basta definir campeão e vice dos oitos grupos de seleções e colocá-los a se digladiar nas fases seguintes. Basta usar um pouco de seus vastos conhecimentos do futebol mundial e um pouco de otimismo.

Assim, coloquei nas Oitavas de Final, os Estados Unidos ganhando da Holanda, a Argentina vencendo a Dinamarca, a Alemanha suplantando a Croácia, o Brasil traulitando o Uruguai, a Inglaterra passando por cima do Equador, a França abatendo o México, a Bélgica entortando o Japão e a Coreia do Sul papando Camarões ao alho e óleo.

Fortalecida, a Argentina derrubou os Estados Unidos nas Quartas de Final, enquanto o Brasil goleava a Alemanha por pelo menos sete a um, a França atravessava o Canal da Mancha e derrotava a Inglaterra e a Coreia do Sul, ainda de pé, metia um chocolate belga na Bélgica.

A Argentina teve força para vencer os Estados Unidos nas Quartas, mas sucumbiu nas Semifinais diante da superioridade técnica do Brasil, que estava havia vinte anos sem ver a cor do caneco. E a Coreia do Sul continuou de pé, mesmo perdendo para a França.

E então veio a grande final: o Brasil teve seu gostinho de revanche contra a França; a Coreia do Sul caiu de pé, com o quarto lugar, e os ‘hermanos’ – aqueles que não gastaram toda ‘la plata’ viajando para o Qatar, obviamente – vieram passar suas férias em Florianópolis e Balneário Camboriú arrotando o terceiro lugar – ‘campeões morais’, diriam, como se fossem um time dirigido pelo Cláudio Coutinho.

Em tempo: como cheguei rapidamente a 18 de dezembro, não posso me esquecer de amanhã tomar minha terceira e última dose da vacina antitetânica.

Marco Antonio Zanfra

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