Sinto muito decepcionar quem acha que será um escritor famoso. Sim, pode aprender a técnica jornalística, respondendo as cinco perguntas básicas de um texto: o quê, quem, quando, onde, como e por que (o motivo). Aliás, ultimamente, não se vê muito nas matérias o motivo dos fatos, principalmente dos crimes, nem quem disse isso ou aquilo (“eu apurei” ou “apuramos”, sem citar com quem, é a “norma” do mau jornalismo; mas, enfim, não me cabe criticar o que se faz hoje em dia).
É possível também aprender Português, lendo muito, como já disse o Marco Antonio Zanfra, – livros, por favor, não mensagens do WhatsApp, nem redes sociais, nem sites – e estudando as regras do idioma. Quando falo de regras, me refiro às básicas: concordância, pontuação e grafia.
Tem uma outra dica bem útil: frases pequenas e simples são mais fáceis de escrever e de ajudar a manter o foco no assunto.
Com isso e conhecimento dos assuntos atuais, pode-se conseguir uma boa nota no Enem. Não garante que se tornarão escritores famosos ou terão livros entre os mais vendidos.
Ser escritor exige mais, muito mais. Talento aprimorado e lapidado, desde a infância, é uma dádiva e uma necessidade. Só que não posso tocar um instrumento musical, se nunca nem tive acesso a ele, certo? Também não se pode usar o talento de escrever se não tiver acesso a lápis ou caneta e papel ou a um computador… E aos livros e à escola.
Sim, para descobrir e moldar novos escritores, o Brasil e o mundo tem de entender a importância de elementos básicos: instrumentos (caneta, papel, computador etc), livros e escola. Sem isso, continuaremos a ver o desaprendizado do idioma e das informações, promovido pelas redes sociais. É este o futuro, sem escritores talentosos e de pura ignorância, que queremos? Eu, não!