Na gíria popular significa extravasar, fazer barulho, dizer a verdade.
No meu caso, o imperativo pode ser entendido literalmente como deixar os bichos livres. Abrir a gaiola, soltar a coleira e dar liberdade para os bichinhos confinados na lavanderia do apartamento, no fundo do quintal e outros espaços quadradinhos.

Não tenho cães ou gatos. Sou contra prendê-los em casa e não tenho paciência para cuidar deles. Então, melhor eu não ter.

Minha filha Vanessa, que tem um cão e dois gatos, e minha sobrinha Karina, que tem coleção de cães e gatos, e portanto entendem do assunto, dizem que esses animais domésticos não sobreviveriam na rua ou teriam uma vida mais curta.

Tenho minhas dúvidas. Vejo muitos cachorros vivendo na rua e alguns gatos espalhados pelos telhados dos vizinhos. Mas, aceito a observação.

Quando criança, convivi com toda espécie de bichos. Meu pai, aposentado, criava na zona leste de São Paulo, onde morávamos, num terreno vazio, em frente à nossa casa, diversos animais para comercializá-los.

Eram coelhos, patos, gansos, cabritos, ovelhas, porcos e até uma vaquinha leiteira.
Eu costumava montar na nossa leitoa Morgana, como se fosse um pônei, de tão grande que ela era. Levava a vaquinha todo dia para passar nas redondezas, depois de tirar e beber seu leite.
Ia buscar o bode Zezé na rua, quando ele escapava e saia dando cabeçada na molecada. Ele só obedecia a mim.

Ou seja, convivi com diversos tipos de animais. Gostava deles, tratava-os superbem, mas nunca mais tive qualquer bicho de estimação.
Hoje prefiro os passarinhos soltos nas árvores de um trecho da mata atlântica presevada que fica no fundo da minha casa.

Fico sentado num banco no quintal, observando as Jacutingas, os Tucanos, Quero-queros, as Maritacas e vários pássaros, beija-flores e borboletas da nossa fauna.
E ver as famílias de capivaras passeando na beira do rio Paraíba do Sul, em Guararema, onde moro.
E já está muito bom.

Nereu Leme

2 comentários

  1. Engraçado, tive uma professora de inglês, a Vera, vegana convicta e insistente. Ela se dizia contra todo tipo de exploração dos bichos, claro, não comia carne de nenhuma espécie. Para ela, todos os bichos, vacas, porcos, galinhas, patos, coelhos etc., deveriam ser criados soltos no mundo. Mas ela tinha um cachorro, castrado em casa. Eu lhe dizia: “Por que vc tem um bicho limitado dentro de casa? Por que o castrou? Solte ele é deixe que viva solto por aí também!

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