Chega suave, devagar. Quase sorrateiramente. E vai tomando conta de todo o ambiente à nossa volta. Não se expressa com posições fortes, agressivas. Nem gosta muito de ser o destaque, de se mostrar como seus outros irmãos.

Não tem nada especial que o torne uma marca registrada. Ao contrário, vive escondido e fazendo traquinagens. Derruba muita coisa por onde passa, principalmente as folhas das árvores. E, nem deixa o sol se expressar em sua grandiosidade.

Não gosta muito de cores. Prefere o cinza. Cria um nevoa que dificulta nossa visão e percepção do mundo ao derredor. Fica sempre em cima do muro. Começa com o dia e a noite iguais, com 12 horas.

Acaba com o inferno do sol escaldante. Vai baixando a temperatura aos pouquinhos, dia após dia. E no final, quando se instala, prepara nosso espírito para o que vem de pior, depois: o frio!

É o Outono que acaba de chegar neste último dia 20, com o chamado Equinócio de Outono. Um momento especial no ano que marca a transição das estações e simboliza o equilíbrio entre luz e sombra. Bem em cima do muro. O equinócio é um fenômeno astronômico que ocorre duas vezes ao ano. No início do Outono e da Primavera, os raios solares atingem diretamente a linha do Equador terrestre. Isso faz com que o dia e a noite tenham duração igual, cerca de 12 horas cada.

O nome Outono vem do latim e significa amadurecer ou época de colheita. Ao longo do Outono ocorre a gradativa redução da luz solar diária, e queda da temperatura, antecipando e nos preparando para o Inverno.

Derivados do latim, o nome das estações significam: Primavera – de primo vere, quer dizer princípio da boa estação; Verão – de veranum tempus, significa tempo da frutificação; Outono – de tempus autumnus, é o mesmo que tempo de ocaso; Inverno – de tempus hibernus, quer dizer tempo de hibernar.

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Nereu Leme

Um comentário

  1. Esse “marca a transição das estações e simboliza o equilíbrio entre luz e sombra” parece que, atualmente, está mais para teoria do que prática. O clima não respeita mais o que aprendemos na escola. Claro que ainda persiste a transição, mas aos trancos e barrancos!

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