Palavra tem poder. Para o bem e para o mal. Se utilizada inadvertidamente, pode ofender, machucar. Causar estragos irreparáveis.
Mas, se a palavra utilizada for impecável, ou seja, sem pecado, leva o interlocutor (a pessoa que escuta a palavra pronunciada) diretamente ao céu. Um elogio, uma palavra de conforto, de carinho, fazem um bem danado. É alimento para o coração e para a alma.
Por isso, a palavra impecável é importante e muito poderosa. É mágica, pois toda nossa intenção é manifestada através dela.
Na filosofia Tolteca, “homens e mulheres de sabedoria” que viveram no sul do México, milhares de anos atrás, a palavra é força. É o poder de se expressar, de se comunicar. No livro da filosofia Tolteca, Os Quatro Compromissos, de Don Miguel Ruiz, a palavra é a mais poderosa ferramenta que o ser humano possui. É o instrumento da magia.
Mas, o livro adverte que o mau uso da palavra pode criar um verdadeiro inferno. Seu mau uso, explica Don Miguel Ruiz, é magia negra.
O livro Os Quatro Compromissos, editado pela Best Seller, já está em sua 27ª edição e trata a palavra como o primeiro compromisso para se conquistar uma nova vida, repleta de energia, felicidade genuína e amor.
Os outros três compromissos são: não leva nada para o lado pessoal, não tire conclusões e sempre dê o melhor de si.
Em comunicação, sempre dizemos que o conteúdo é rei, que o importante é definir a mensagem que se quer passar e saber se nosso interlocutor entendeu e compreendeu bem o que dissemos.
Em todo esse arcabouço de conteúdo e mensagem está a palavra. Na filosofia Tolteca, cada ser humano é um mágico. Assim, a palavra pode encantar ou lançar um feitiço, ser mal interpretada, causar dúvidas. É nesses casos que a informação deve ser usada, para reduzir incertezas com palavras impecáveis para inspirar e transformar pessoas. É escolher palavras, boas palavras.
O ser humano é o único animal que tem o dom da palavra. Mas, ela precisa ser escolhida a dedo ou racionalmente. Imagine se pudéssemos, a todo momento, escolher apenas palavras de encantamento, impecáveis. Basta querer!
Um bom dia, um elogio podem estimular, encantar pessoas de nosso relacionamento. São palavras impecáveis, mágicas. E, não custam nada. Se a pessoa der o melhor de si e usar seu dom da palavra, por que não oferecer o céu para nosso interlocutor? É de graça e sempre volta para nós mesmos. A energia da palavra cria um campo vibratório favorável que volta para nós em forma de energia positiva.
O livro Os Quatro Compromissos orienta que é preciso ser impecável com sua palavra. E, como as palavras têm imenso poder, não devem ser usadas de modo leviano: “Diga apenas aquilo em que acredita, usando corretamente sua energia”, explica o autor, Don Miguel Ruiz.
Ele também ensina que não se deve levar nada para o lado pessoal, tornando-se, assim, imune às opiniões alheias. Também a não tirar conclusões e se ater apenas à realidade imediata e concreta e a sempre dar o melhor de si, fazendo sempre o que puder da melhor maneira possível.
São hábitos e conceitos simples que conhecemos, mas deixamos de praticar e que nos levam à verdadeira liberdade.
Impecável também deve ser a escrita. Não apenas a palavra falada. Um amigo já falecido, jornalista, doutor em filosofia e escrito de mão cheia, dizia que um livro deve ser bem escrito, bem revisado, ou seja, sem erros, impecável.
Como o livro Os Quatro Compromissos. Palavras escolhidas, sem erros para passar uma mensagem impecável. Palavra de escritor.