Todos nós passamos por várias fases em nossas vidas.
Nascemos, crescemos, vivemos a infância descomprometida, cheia de experiências boas e eventualmente ruins, que vão formar nosso caráter e geralmente definir nosso futuro.
Por vezes felizes ou retraídos enfrentando chuvas e trovoadas. “Todo ano, vendavais e chuvas, dos meus planos, varrem as palavras”.
Passamos pela turbulenta adolescência. Experimentamos a rebeldia e o desejo de mudar tudo, salvar o mundo. Erros e acertos. Como tudo passa, seguimos em frente. Deixamos a roda da vida girar. Até porque não tem alternativa viável. Let it be.
Chega a definitiva fase adulta. E, daí para a velhice é um passo curto. Quem viver verá. Se quiser enxergar.
Estamos aqui para ser feliz. Viemos ao mundo para viver a vida e ser feliz. Com tropeços e barrancos. Claro.
Como as fases da Lua. Cheia, minguante, nova e crescente. E tudo de novo há milhares de anos.
A Lua tem influência comprovada nas marés, no tempo, nas quatro estações do ano, ou nos doze ciclos lunares anuais. Somos Lua, somos Primavera, somos o vibrante Verão. Temos nossos dias tranquilos de Outono e momentos depressivos e frios de Inverno.
A Lua interfere em nosso humor, em nossa necessidade alimentar. Define nossa elegância, estilo de nos apresentarmos. Mexe com nosso brilho, nossas rugas e rusgas.
Somos parecidos. A Lua é um corpo celeste envolto por uma camada que lhe permite refletir o Sol e brilhar. Nós somos um corpo humano, com uma cobertura. Temos aura e, também, podemos brilhar. Mais que isso. Nosso invólucro é como uma bola a ser preenchida, iluminada.
Somos uma página em branco dentro desse embrulho, desse imbróglio.
Podemos escrever bons conteúdos, um monte de coisas boas. Sem deixar espaço para tristezas, ressentimentos. Encha seu espaço interno de Orgulho. Extrapole. Controle o que vai entrar e morar em você. Ostente sua medalha.

Chega uma fase da vida, às vezes cedo, outras não, em que podemos ter o controle total de quem somos, ficamos, estamos. Sinto o que quero, sinto muito, sinto pouco. Não sinto nada. Apenas me sinto. Me encho de orgulho e sinto que estou no comando. Encho minha bola!

Nereu Leme

2 comentários

  1. Só não concordo com a intenção de, na rebeldia da adolescência, a gente querer salvar o mundo. Nós adolescentes queremos mais é que o mundo se exploda, começando por nossa casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *