Contando Historia

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O pastelzinho devolvido

Tem um bar aqui em Florianópolis, dentro do Mercado Público, que adota uma prática simples para incentivar o consumo de seus petiscos: se você pede um pastelzinho de camarão, por exemplo, as garçonetes colocam dois pasteizinhos na cestinha, apostando que,…

Sempre alerta

Todas as profissões são estressantes, mesmo aquelas que as pessoas dizem exercer com prazer e “por amor”. Aliás, pura babaquice dizer que trabalha “por amor”. Invenção de patrões que querem pagar pouco. Claro que não estou aqui para falar sobre exploração…

Sêbu-Erêbu

Os japoneses têm um jeito todo próprio de pronunciar palavras estrangeiras, especialmente as que são compostas por sílabas contendo consoantes mudas. Meu nome, por exemplo, quando trabalhei por lá, era pronunciado como Máruco-san ou Zânfura-san. Outro exemplo dessa fonética própria é a lanchonete…

Pedro Bó

Os jornalistas de hoje em dia são a personificação do Pedro Bó, aquele personagem ingênuo (eu chamaria de idiota) do Chico Anysio que fazia perguntas absurdas e acreditava em todas as mentiras que ouvia do Coronel Pantaleão.  Nas matérias sobre…

O paciente 114.237

Primeiro dia: Nunca tive problema para enfrentar as máquinas de ressonância magnética e tomografia, apesar de seu aspecto cavernoso mexer um pouco com aquele fundinho de claustrofobia que, acho, todos nós temos. Por isso, pensei que tiraria de letra meu…

Cada um por si. E Deus por todos

Ao ler na Folha, dia desses, matéria com o título ‘Cientistas encontram explicações sobre por que vacinas funcionam menos em idosos’, tive duas reações bastante díspares. Uma delas: a inquietação comum a quem está no rol das pessoas em quem as vacinas são…

Pé frio

Sou um daqueles milhões de brasileiros típicos que não têm qualquer intimidade com a sorte. Jamais ganhei algo em loterias, rifas, bingos, tampinha premiada, vale-brinde em saquinho de Elma Chips ou picolé de graça no palito da Kibon. Se existe…

Universo sem tempo

Acordo todo dia sem despertador. E me levanto da cama a qualquer hora. Ou melhor, sem hora para me levantar. Mesmo sem compromisso marcado, mesmo sem hora, mantenho um relógio na cabeceira. Gosto de olhar para ele quando acordo, todo…

Perigosa semelhança

É fato, é vero, como dizem gl’italiani, que para “morrer basta estar vivo”. Morre-se de enfarto fulminante, em um assalto, em um acidente automobilístico ou até por uma bala perdida. Mas pode se morrer também, quando a pessoa é confundida com outra.…