Ver o mar.
Contemplar suas ondas vibrantes se esparramarem pela areia branca escaldada pelo Sol intenso.
Se envolver no vai e vem de seu brilho verde-esmeralda no horizonte vasto e profundo.
Alcançar as nuvens brancas que se refletem em uma fina lâmina espelhada.
Descobrir os segredos escondidos em seu íntimo misterioso e forte.
Mergulhar em seus braços infinitos e acariciar a espuma transparente que envolve nosso corpo como o borbulhar de uma champagne.
Olhar o céu azul pontilhado por pequenos rolinhos de algodão branco que dançam no ar soprados pela brisa marítima, que às vezes se movimentam formando pinceladas impressionistas.
Descansar na areia à sombra refrescante de um coqueiro. Beber sua água revigorante.
Sentir o bafo da areia quando a brisa preguiçosa descansa em berço esplêndido. Aí, o calor se reflete na areia e queima até pensamentos.
E, de repente a brisa volta e nos refresca. Ah, que ventinho doce.
O dia rola, como se as horas se arrastassem pelos movimentos dos banhistas entrando e saindo do mar, bebendo água de coco, comendo milho verde, olhando as crianças fazerem seus castelos de areia. O vai e vem das modelos. Olha o terere, tatuagem de rena, colar de contas.
O céu se avermelha retratando os últimos suspiros do Sol que cai trás os montes, deixando a penumbra invadir a praia já refletindo os primeiros raios da Lua, os primeiros pontinhos brilhantes das estrelas donas da noite que se aproxima e encerra o dia saudando o tempo do descanso.
Cai a tarde e sobe o véu da noite! Fim de mais um Verão.
Nereu Leme
Isso aí, Nereu, “e o barquinho vai, a tardinha cai…”
Bravo, Nereu!
Bom é fazer tudo isso sem entrar na água!
Que delicia o mar!