Depois de uns dias de viagem, volto para casa, com saudades dos meus pets – três gatos e dois cachorros. Uma amiga atenciosa cuidou deles muito bem. Ainda assim, são como filhos e a gente acha que só nós sabemos o que é melhor para eles.
Na primeira noite em casa, com dificuldade para dormir, levanto para ir ao banheiro.
Detalhe: tenho pavor de baratas e elas insistem em aparecer em casa. Sorte minha que os gatos as perseguem e matam!
Ao acender a luz do banheiro, vejo um bicho pequeno e escuro. Corro para me armar com o inseticida. Só que não parece ser uma barata. Mais se parece com uma… perereca… Uau! É uma perereca. Ao me ver, ela, rapidamente, entra no ralo.
Sempre quis ter um sapinho de verdade! Só não acho que a perereca pode sobreviver ao sabonete, shampoo, condicionador e produtos de limpeza que uso. Achava…
Dois dias depois, lá está ela, outra vez, se deliciando com aqueles mosquitinhos chatos que infestam o banheiro. Tive de fechar a porta do banheiro bem rápido, antes que minha gata caçadora atacasse a bichinha. A Samantha adora trazer calangos e passarinhos de presente. Claro que não deixaria uma perereca sobreviver!
Pois é. Meu novo pet é uma perereca. Não dei nome a ela, já que sua interação comigo se resume a menos de um minuto por madrugada. Se não a vejo, sei que esteve no banheiro, porque não tem nenhum mosquitinho.
O bom é que, segundo meu genro biólogo, ela não vai crescer e continuará conseguindo entrar e sair pelo ralo.
Sorte da bichinha é que os gatos dormem comigo e o banheiro deles (caixa de areia) fica longe do meu!
Vai ver, é um ‘perereco’, e está lá só pra ver você tomar banho!