Todas as profissões são estressantes, mesmo aquelas que as pessoas dizem exercer com prazer e “por amor”. Aliás, pura babaquice dizer que trabalha “por amor”. Invenção de patrões que querem pagar pouco.
Claro que não estou aqui para falar sobre exploração de mão de obra.
Na verdade, estava apenas observando a ação de guarda-costas em filmes e comparando com a vida de bons jornalistas. Percebi o quanto ambos precisam estar sempre em alerta total.
Os guarda-costas veem ameaça até quando uma folha cai; os jornalistas enxergam notícia no vento que derrubou a folha. O primeiro pensa numa bala ou num drone, o segundo, num temporal ou tornado. Já as pessoas comuns veem apenas um sinal da mudança de estação ou a sujeira que a folha deixa no chão.
Tempos atrás, os jornalistas contavam com o rádio, para se manterem informados 24 horas; hoje, programam o celular para alertá-los sobre assuntos importantes que chegam à Internet e nem levantam da cama para escrever ou repassar uma notícia. Usam até gerador de lero-lero, tipo ChatGPT, para escrever e falar por eles. Um horror!
O guarda-costas também deve recorrer à tecnologia e ao gerador de lero-lero para trabalhar, mas acho que, se não estiver na linha de frente, não tem como proteger alguém. A menos que as empresas de segurança já usem RoboCops civis… Drones talvez ajudem, só que a presença humana deve ser essencial – suposição minha, pois tudo o que sei sobre guarda-costas é o que vejo nos filmes e séries.
Num futuro bem próximo (ou será que já é o presente?), os seres humanos se tornarão obsoletos? Parece que sim…




