Domingo é o Dia das Mães!
Gosto da palavra mãe! Não apenas por ela representar o maior amor da nossa vida, mas, também, pela versatilidade desse vocábulo!
Tenho um amigo, o Guido, que sempre diz que “mãe é uma só, mesmo porque eu não aguentaria ter duas”. O Guido, não sem razão, é filho da dona Apolônia, uma italiana gorducha que, até hoje, controla o filho com rédea curta… eu a conheci. Ainda tenho as marcas…
Mas, vou discordar do Guido do ponto de vista semântico. Porque se a gente fizer uma relação dos usos dessa palavra veremos que mãe não é uma só. São muitas!
A primeira que me ocorre é a mãe judia. Famosa por ser superprotetora e extremamente cuidadosa com os filhos. Uma mãe convencional diria ao filho: “Se você não comer eu te mato!” Já a mãe judia diria: “Se você não comer eu me mato!”. E se mata mesmo! Na hora do almoço, é sempre a mesma ladainha:
– Mamãe, não encha tanto a colher!
– É pra você ficar forte e bonito!
– Mas tá caindo comida na minha gravata!!!
Já a mãe coruja é aquela que não vê imperfeição no filho. Para ela, o filho é uma obra-prima da natureza.
– Mamãe… o pessoal na escola vive me chamando de narigudo…
– Magina meu filho… seu nariz é a coisa mais linda do mundo, sua carinha fofa é que é um pouco afastada. Toma… pegue isto!
– Pra que essa fronha, mamãe?
– Pra você assoar o nariz. É feio ficar com ele escorrendo e eu acabei de limpar o chão.
Outro tipo de mãe interessante é a mãe de aluguel que, depois de nove meses, tem a louvável capacidade de gerar e parir um filho que não será seu. Para alguns, isso até se transforma num case de empreendedorismo.
– Nossa, Guiomar, grávida de novo? Aluguel?
– Sim… desta vez estou grávida de quíntuplos!
– Credo… como você aguenta?
– Sei lá… virou um negócio tão lucrativo que eu decidi fazer uma linha de produção!
A palavra mãe é de uma versatilidade impressionante! Ela tanto pode ser um ligeiro instante de surpresa… “Nossa mãe, o que é isso?”; como pode ser um repentino espasmo de medo e terror… “Minha mãe do céu, você quase me mata de susto!”. É um vocábulo tão poderoso que chega até a mudar o sexo de alguns homens: “Esse cara é uma mãe!”.
Mas não importa! Mãe é sempre mãe, ou seja, aquela figura terna, carinhosa e absolutamente importante na vida dos filhos. Apesar de algumas terem sempre sua reputação questionada, como as mães dos políticos e dos juízes de futebol.
O tipo de mãe mais interessante que existe, na minha opinião, é a mãe de santo. Já tive uma dessas em casa. Era linda, laboriosa, extremamente cuidadosa comigo. Só não era judia porque tinha Oliveira no sobrenome (se bem que há controvérsias!). Era de meia estatura, quase baixinha. Mas era uma gigante na hora de trabalhar, cuidar da casa, dos filhos…
Este texto é uma merecida homenagem a ela, dona Orestina, que me defendia com unhas, dentes e com um amor canino. Se, ao conversar com alguém, o assunto fosse filhos ela sempre dizia:
– Meu filho é um santo!
Se eu era um santo mesmo, não há certeza. Apenas controvérsias. A única certeza de que eu tenho, neste dia dedicado às mães, é que ela sim era uma santa! Deve estar em algum cantinho da eternidade educando anjos sortudos e… sorrindo pra mim!
Meu mais apertado abraço a todas as mães que eu conheço… e que não conheço!
Contando História
O que o tempo altera e vira história
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Nessa sua coleção de piadinhas, faltou aquela da Coca Cola: “Mãe, só tem uma!”