Você precisa trocar o smartphone. O velho está danificado, ultrapassado, não atualiza mais o Android, sei lá o quê.
Primeiro, a difícil tarefa de escolher um novo modelo. Para um jovem ou para quem tem dinheiro sobrando, fácil e prazerosa tarefa; para mim, um jogo de xadrez (Como mover as peças?)
Minha maior preocupação é a memória, especialmente no mundo de hoje, quando temos de baixar aplicativo até para respirar (sei que exagerei, mas a vida se tornou um saco, com tantos aplicativos)!
E tem as fotos. Precisam de espaço, embora a maioria eu envie para o meu e-mail. Mandar para a nuvem? Nem sei como fazer isso e, sinceramente, tal ignorância não atrapalha em nada minha vida.
Com 70 anos, só me preocupo em aprender o básico. E penso até em começar a não me informar mais. #CongressoInimigodoPovo, aprovando blindagem e anistia de bandidos; führer estadunidense, transformando em ditadura a maior democracia do mundo; genocida judeu, matando palestinos, e psicopata russo, querendo dominar a Ucrânia? Acho que não quero saber de nada…
Enfim, escolhi o modelo básico de marca conhecida, deixando de lado a sugestão de meu filho de um mais sofisticado e BEM MAIS caro. Engraçado é que, até os 17 anos, ele escolhia e se apossava dos aparelhos que eu comprava para mim e eu ficava com o usado dele. Agora que ele tem mais de 30, eu até ficaria com o “velho” dele, se não fosse o fato de ter uma tecnologia europeia e avançada demais…
O novo aparelho chegou. O mais legal é ter um QR Code para transferir os dados e aplicativos de velho. Só que ainda precisa fazer adaptações (haja, paciência). Daqui a um bom tempo, quem sabe, vou, finalmente, colocar o WhatsApp para funcionar e liberar os aplicativos dos bancos. Enquanto isso, sigo com o velhinho que, a bem da verdade, continua firme e forte, satisfazendo as minhas necessidades básicas, mesmo sem a atualização do software.